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Fernanda Young é tema de Foge-me ao Controle. Foto: Acervo pessoalFernanda Young é tema de Foge-me ao Controle. Foto: Acervo pessoal

Filme refaz Fernanda Young com ‘versos de um único poema’ 

Foge-me ao Controle é documentário com cara de ensaio poético, aplaudido na estreia no É Tudo Verdade.

(brpress) – Muito aplaudido na sessão de estreia no festival É Tudo Verdade, em São Paulo, o documentário Fernanda Young, Foge-me ao Controle (Brasil, 2024) é um ensaio poético contendo de imagens, depoimentos e textos da escritora, roteirista e apresentadora falecida precocemente aos 49 anos, em 2019. 

O filme mergulha no universo íntimo e criativo de Fernanda Young, numa narrativa não linear, utilizando colagens disruptivas de arquivo, paisagens visuais e sonoras de momentos íntimos para contar a história da mais paulistana das niteroienses. 
Algumas particularidades que somente os fãs sabem são reveladas ao grande público. Apesar de ter concluido o segundo grau somente aos 23 anos – mesma idade da filha Cecilia Madonna ao lançar o livro Tudo que Posso te Contar, Fernanda Young fez sucesso como roteirista ao lado do marido, Alexandre Machado, 11 anos mais velho, com quem assina obras-primas da TV, como Os Normais

Foge-me ao Controle – frase que Fernanda repete momentos antes do fim do filme –  captura não apenas os marcos da sua meteórica carreira, mas também os aspectos mais pessoais, revelando sua complexidade e autenticidade por meio de fragmentos da vida e obra  como se fossem versos de um único poema.

 
 
 
 
 
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Criatividade e coragem
 

O filme pretende ser uma experiência provocadora – adjetivo pelo qual Fernanda Young será sempre descrita e lembrada. Talento e depressão se misturam neste compilado que deixa uma certeza: como artista, Fernanda ainda tinha um longo e promissor caminho pela frente, a depender de sua bravura e (com)pulsão criativa. 

Punk, punk de boutique, poser, gênio, chata, pernóstica, pretensiosa, engraçada e transgressora. Fosse o que fosse, era impossível ficar indiferente à careca – “raspei a cabeça por 11 anos para negar o feminino e me proteger das agressões do mundo”, diz ela. O filme é feliz em traduzir essa provocação em forma de mulher pós-moderna transbordando sentimento. 

 

Depressão
 

Entre os principais tópicos que fogem ao controle de Miss Young estão o trauma do abandono do pai, maternidade e depressão – a velha companheira desde que se conhecia por gente, além da bronquite e da dislexia, que dificultou o aprendizado nos primeiros anos de vida: “Descobri que queria ser escritora antes de aprender a ler”.

 
Primeiro de muitos 
 

“É o primeiro filme sobre a Fernanda mas vão existir muitos outros”, afirma a diretora Susanna Lira, mestranda em psicanálise após dirigir 15 longas-metragens e dezenas de curtas e séries. Susanna esteve presente na sessão de estreia de Foge-me ao Controle no É Tudo Verdade, em São Paulo. “Quando mergulhamos na obra, percebemos que fala muito sobre si e ela deixou muito material”, conta.
Trechos do livro de poemas A Mão Esquerda de Vênus (2016) são muito citados em Foge-me ao Controle, com narração da atriz Maria Ribeiro. O que se constata é que Susanna Lira, que estudou na mesma escola que Fernanda Young (mas não a conheceu), mergulhou de cabeça no universo da “mítica figura que só vamos absorver ao longo do tempo”

(Colaborou Andrea De Lucca)
https://youtu.be/BvIMaGma_IM?si=F3dJR2gwhsEXPTiA

#brpressconteudo #fernandayoung

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